Há alguns anos, tive meu primeiro contato com Érico Veríssimo, através do livro "Olhai os Lírios do Campo". Me recordo que, na época, o livro me causou certo impacto, e fez com que esse livro não saisse de minha memória por todo este período.
Visitando a feira do livro de Porto Alegre no sábado, dei de cara com o tal livro em uma banca, e acabei por comprá-lo.
Estranho foi que, decorrido tanto tempo, eu já não sabia mais o porque de eu ter gostado dele no passado. E refazendo sua leitura vejo claramente os motivos que me levaram a elegê-lo como um dos melhores livros que li.
De alguma forma, minha identificação com Eugênio (personagem central) ocorre de forma natural, como se eu próprio o tivesse caracterizado. São tantas as semelhanças com o personagem, tantas questões por ele levantadas que eu mesmo já levantei antes mesmo de conhecê-lo.
Acho que isso caracteriza um bom livro. A forma como ele atinge quem o lê, causando algum tipo de reação, seja positiva ou negativa. Um livro que ao final tu tens uma opinão formada a seu respeito, sem espaço para argumentações vazias e pouco objetivas.
Recomendo a leitura deste livro, mas devo advertí-los que essa é uma opinião estritamente pessoal, sem nenhum tipo de anaálise mais profunda do tema ou de que movimento literal o livro provém. Leia se quiser.
Grato e vai pro inferno!
Um comentário:
Bom, tu sabe que eu acho um porre esse livro, embora seja fã do Érico de nascença, como todo cruzaltense...
Mas queria deixar registrado que "O Continente" é muito mais emocionante, dinâmico e também aborda aspectos existenciais ligados ao modo de vida dos confins do rio grande.
Abraço.
Postar um comentário