segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Fábula...

Certa feita, dois amigos caminhavam pela rua. Um deles convida o outro para acompanhá-lo até uma banca de jornais que, segundo ele, há muitos anos já frequentava, pois gostaria de adquirir o exemplar do dia de seu jornal preferido.
Chegando lá, o homem cumprimentou educadamente o jornaleiro, que por sua vez, nem ao menos esboçou reação perante a saudação.
O homem escolheu o jornal, se dirigiu ao dono da banca, pagou pelo exemplar, e ao sair, despediu-se da mesma maneira polida e educada com que havia cumprimentado o jornaleiro na chegada.
Mais uma vez, o jornaleiro não dignou-se a levantar os olhos da revista que folheava.
Muito surpreso com a atitude do jornaleiro, o amigo questiona o homem:
- Faz muito tempo que fequenta esta mesma banca?
O homem responde que sim. A aproximadamente 20 anos.
- Curioso e indignado com a atitude do jornaleiro o amigo inquire veementemente o homem:
- E ele sempre lhe trata desta forma?
O homem calmamente responde que sim, que a vida inteira o dono da banca lhe foi indiferente ou, até mesmo, rude.
O amigo, já corado de raiva, esbraveja:
- Homem! Como você ainda frequenta aquela banca??? Você é sempre tão gentil e solicito, e aquele homem mal educado nem ao menos lhe dá bom dia! Porque você continua indo lá? Seria mais simples se você passasse a comprar seu jornal em outra banca!
Calmamente, o homem para, fita seu amigo, e com uma voz serena e um sorriso nos lábios diz:
- Eu poderia deixar de frequentar aquela banca. Eu até poderia tratar aquele jornaleiro da mesma forma como ele me trata. Mas na minha vida, jamais vou deixar que outra pessoa escolha a forma como eu devo agir. Se ele escolhe me tratar mal, eu escolho tratá-lo bem, pois eu, e somente eu, decido sobre minha forma de agir, e ninguém mais.

E vocês leitores, deixam os outros decidir sobre sua forma de agir na vida?
Pensem nisso...

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