quinta-feira, 28 de julho de 2011

Mudanças Emblemáticas

Fala-se neste momento, sobre a semelhança do Grêmio da metade de 2010
para o mesmo Grêmio, só que em meados de 2011.

Ao meu ver, as diferenças são poucas e muito simples de descrever. Vamos a elas:
- Adilson no meio-campo: Durante dois anos (2009 e 2010), Adilson foi
a figura mais atuante do meio campo gremista. Marcando, desarmando e
distribuindo rapidamente o jogo, o Alemão dava uma cadência que não
fimos mais esse ano. Ele foi para a reserva com Renato exatamente por
não conseguir repetir as atuações dos anos anteriores. Mas será que já
não está na hora de repensar isso, uma vez que nosso meio-campo,
atualmente, é ineficiente na marcação e na criação?

- Jonas no ataque: Eu mesmo disse milhares de vezes que o cara não era
grande coisa, mas na fase que ele estava atravessando, que era
simplesmente sensacional, a omissa direção não poderia ter levado tão
na flauta a renovação do contrato do cara. A não ser que, para suprir
a saída do jogador, a direção contasse com um plano "B", que como
pudemos observar, não existia. Ficamos sem Jonas e sem nenhum outro
para o seu lugar. André Lima já provou que não passava de um reserva
no máximo razoável, não sendo a solução para os problemas gremistas;

- Douglas. Gabriel e Lucio: Trio que jogou muito no segundo semestre,
simplesmente, desaprendeu a jogar! Ou está sem vontade. No jogo de
ontem contra o América, se o Douglas tocou duas vezes na bola foi
muito. Desinteressado, errando 99% dos dois passes que deu, não
marcando nem a própria sombra. Um peso morto que o time carrega, mas
que não faz sentido nenhum. Ontem, também assisti Santos X Flamego, e
vi Ganso compondo meio-campo e desarmando jogador adversário. Porque o
Douglas é tão diferenciado que nem compor o meio ele pode? Se tivesse
deixando os atacantes na cara do gol a todo instante, vá lá. Mas os
únicos atacantes servidos por Douglas ultimamente, são os das equipes
adversárias, quando ele cochila com a bola nos pés. Aos outros dois,
talvez os altos salários e longos contratos, garantam uma estabilidade
financeira que homens de 30 e poucos anos gostam de ter. Jogando
muito, ou não jogando nada, como é o caso atual, cada um está ganhando
seus 300 mil/mês, e não existe perspectiva de que isso mude, o que
para os gremistas, é um calvário.

- Paulão: Não era um primor de técnica, muito menos era um zagueiro
tipo Mauro Galvão, com uma inteligência e uma leitura de jogo
diferenciada dos demais. Mas atacante siscando na sua frente tinha o
destino certo: chão! Seja desarmando na bola ou pegando o adversário,
não importa. Ele era simples e objetivo quando se tratava de sua
atribuição no time, que era não deixar o adversário chegar à sua meta.
Se fosse necessário, a jogada era tosca mesmo! Bico na bola, chute na
arquibancada, peitaço em atacante. Esse era o "Paulão Style". Simples
e efetivo. Um xerifão que não era o gatilho mais rápido do oeste, mas
que não se importava com isso, pois se precisasse, matava até com um
estilingue.

Acho que após essa exposição fica evidente alguns dois principais
fatores que fazem hoje do Grêmio um time candidato ao rebaixamento.
Claro, não são só estes os motivos que influenciam diretamente nessa
vergonhosa campanha. Mas, pontualmente, acho que esses fatores acima
citados nos trazem, no mínimo, parte das causas possíveis para esse
acumulado de vergonhas e erros do ano de 2011.

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