segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Feeling The Music


Música, antes de qualquer coisa, é uma coisa de momento, de ocasião. Uma questão de sentimento. Porém são sentimentos íntimos. Sentimento do exato instante em que escutamos a melodia, e ficamos com a nítida impressão de que canção foi feita unicamente para aquele momento.
Acordes e melodias que podem emocionar e causar comoção em alguns, não surtem efeito em outras pessoas, podendo até mesmo causar repulsa em determinados casos. Não sei se minha explicação é cientificamente comprovada, não pesquisei nada sobre o assunto para escrever, mas tenho impressão de que não estou muito longe de uma verdade quase absoluta.
Não adianta, meu senso crítico sabe quais são os tipos de músicas capazes de causar efeito sobre mim. Letras fracas e refrões infinitamente repetidos não me amolecem. Instrumentos tocados de maneira pobre, melodias sem alma tendem a passar desapercebidas. Música, para meu paladar, precisa ser densa, ter corpo e cabeça. Precisa ser um mosaico que a cada audição proporcione uma experiência diferente. Que faça confusão em minha cabeça. Que eu não consiga entender, me fazendo pensar, repensar e re-repensar quantas vezes forem necessárias seu real sentido. E pode ser que eu nem mesmo ache um sentido!
Música não foi feita para ser ouvida. Música é como o corpo de uma bela mulher: Fechamos os olhos e deixamos que nossos dedos percorram cada curva, cada nuance, cada local escondido, a procura de seus segredos mais íntimos, capazes de nos fazer enlouquecer.
Música foi feita para enlouquecer!

3 comentários:

Mauro disse...

E o tamanho da música? Alguma opinião em relação as músicas bem curtas ou bem longas??
Acho que a música longa BOA tem que ter cacife para bancar o seu tamanho, concorda? Tipo, para ouvir 16 minutos de música com prazer mesmo, a música tem que ser muito boa. Agora uma música "meia boca" de 2 minutos de repente tu até ouça...

Unknown disse...

Não sei Mauro... Tamanho não significa qualidade... (entende o trocadilho? hehe).
Já ouvi ótimas músicas de dois ou dez minutos, acho que não é relevante. Mas concordo, fazer uma longa música boa deve ser mais complicado.

Felipe Roscoche disse...

Eu acho que a música tem que ter alma sim, não adianta alta qualidade instrumental se o cara não coloca o sentimento ali em cada nota entende?
Um exemplo de banda que toca sempre com a alma e o Pink Floyd (só o David Gilmour agora), recomendo escutarem High Hopes do Álbum The Division Bell, Essa música fala como os tempos de antigamente eram bons, como é bom ter amigos por perto etc etc, escutem, High Hopes é uma lição para a sociedade atual :D
abraços e curti o blog :)
visitem o meu se quiser: www.wehatetekpix.blogspot.com