segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Vidas artificiais

Como tenho reparado ultimamente o quanto grana somente pode ser danosa na vida de uma pessoa.
Não, eu não enlouqueci, e nem estou sendo hipócrita ao ponto de dizer que não queria ter mais grana (o que não é difícil, não tenho nenhuma no momento!). Mas dinheiro, única e exclusivamente, não faz de uma pessoa feliz.
A vida é equilíbrio. Precisamos de dinheiro na medida certa. Não tão pouco, que não dê para pagar as contas, mas nem tanto ao ponto de perder a noção do valor que ele tem.
Comprar um helicóptero, uma ferrari e um iate de sei lá quantos pés deve ser legal. Um dia, quem sabe eu até consiga comprar uma coisa destas.
Mas prefiro nunca ter essas coisas, se eu não conseguir estar me sentindo bem com isso. Sem meus amigos, família e a mulher que tanto amo.
Ao longo da vida algumas pessoas perdem tanto seu senso das verdadeiras coisas da vida, que podem comprar tudo que desejaram, carro, casa e até amigos. Podem inclusive comprar o amor. Tão sintético quanto a imitação de pele que carrega no seu casaco politicamente correto. Tudo tão vazio como suas vidas, que eles só descobrirão que não teve valor algum quando no seu leito de morte, eles assistirem seus familiares brigando pelo seu carro e sua casa.
Prefiro ter o amor da mulher que eu amo tanto, alguns amigos que querem estar em minha companhia exclusivamente pelo que eu sou. Pai mãe e irmã que, mesmo quando eu andei por baixo, nunca perderam a esperança em mim.
Dinheiro? Quero sim. Mas ainda prefiro a vida real. Pagando aluguel e prestação, mas ainda assim melhor que essas vidas artificiais.

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