sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Mazelas...

Eis uma questão interessante: se temos a possibilidade de diminuir a dor e angústia de alguém, mesmo sabendo que ela mesma se colocou nessa posição, devemos mesmo assim atuar para tentar sanar este mal?
Não é fácil a resposta. É uma questão ética que é muito discutida, principalmente em casoso de eutanásia.
Claro, não estou chegando neste extremo com minha colocação. Mesmo sendo um tema interessante de discutir, falo de coisas menores. Falo de dores na alma e coração, que aflingem o cotidiano de alguns, mas que nunca temos a coragem de tocar tão fundo, pois mazelas, principalmente de outras pessoas é sempre um tema complexo e cercado de um certo pudor.
Essa questão depende bastante de outros aspectos. Eu diria que, principalmente, o quão próximos somos dessa pessoa.
Se temos o exemplo de uma pessoa distante, muitas vezes, que nenhuma relevância tem em nossas vidas. A deixaremos à própria sorte pelo simples fato de que suas dores, por pior que sejam, não nos afetam ou nos dizem respeito?
E se for uma pessoa próxima? Atuamos em seu auxílio, mesmo sabendo que o que ela está sentindo nada mais é que fruto de suas ações?
Devemos avaliar sempre estes aspectos, pois muitas vezes, na ânsia de ajudar, acabamos por relevar defeitos, ocultando as verdadeiras causas do problema.
O que fazer? Realmente não sei. O que sei é que estes são apenas mais aspectos que atordoam ainda mais esse mundo tão complexo. São "ossos do ofício"...

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