terça-feira, 19 de julho de 2011

Destino

Tendo tempo para pensar um pouco na vida, comecei a ver que não somos tão responsáveis assim sobre nosso destino. A vida é um barco, onde temos de um lado, o porto de partida, e do outro, o porto de chegada, ambos claramente definidos e sem chance de sofrer alteração. O que é passível de alteração e, portanto, foge ao controle, é o percurso. Este sim, é construído com base em acontecimentos, sentimentos, fatos corriqueiros, pessoas que entram e saem de nossas vidas.
Passamos a vida toda tentando controlar o destino, pensando, erroneamente, que se houver o planejamento correto, em cada detalhe de nossas vidas, poderemos nos tornar donos do nosso percurso. Grande bobagem! Uma pessoa só, apenas uma pessoa, que, porventura, entre em nossa vida, e que não esteja no previsto, pode tornar tudo uma imensa bagunça, seja no âmbito pessoal, ou profissional.
Nos sentimos confortáveis em achar que mandamos em tudo que acontece, mas, ao final, talvez tenhamos a impressão que, na verdade, jamais conseguimos virar o leme para aquela praia paradisíaca, ou para uma ilha do tesouro escondido. Apenas continuamos seguindo ao porto de chegada, sem realizar os sonhos, contando apenas com a maré (de sorte) e o vento que sopra as velas. 

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