sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Estádio Olímpico - O Filme

Agora, faltando pouco mais de 48 horas para que os portões do Estádio Olímpico Monumental sejam trancados pela última vez, não me furto de imaginar nosso velho casarão como um personagem emblemático, num daqueles filmes americanos, cheio de clichês, mas que é capaz de emocionar até o mais durão dos cinéfilos.
Neste filme, há explosões, drama, humor, tristeza, lágrimas e gargalhadas. Há um heroi, que bravamente luta contra tudo e contra todos, em busca de um objetivo que, certamente, não lhe logrará qualquer homenagem ou lucro. Apenas o sentimento altruísta de salvar a humanidade dos males e mazelas que insistem em ameaça-los.
O problema é que, para tornar suas atitudes ainda mais admiráveis, e também mais tristes, os autores, ao escrever o final de suas histórias, insistem que o sacrifício do heroi torna-se um mal necessário para um desfecho grandioso.
Nosso velho casarão, como nos filmes de heróis errantes, entregará sua vida para nos salvar. Seu último gesto, para garantir aos gremistas um longo e vitorioso futuro, será tombar, primeiro com marretas e picaretas, lentamente, com requintes de crueldade. Depois, através de uma grande explosão, arquitetada por mentes frias e calculistas, tombará, definitivamente.
A humanidade - e os gremistas - estarão a salvo. Voltarão para casa e para suas famílias, seguirão seu caminho. Mas, tenho a certeza que para sempre, todos nós, agradeceremos ao nosso heroi, pelo seu último ato de bravura, que tem como único e exclusivo objetivo, trazer a alegria ao seu povo, como sempre o fez.

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