quinta-feira, 17 de outubro de 2013

O tempo está passando rápido demais...

Os dias, os meses e os anos passam cada vez mais rápidos. A loucura da vida moderna está nos matando mais rápido, aparentemente. Nos falta o tempo de contemplar, de ficar em silêncio, pensando, tendo ideias criativas, ou apenas, exercitando o ócio, que no meu entendimento, é algo imprescindível para a sanidade mental do sujeito.
Hoje, temos que ser os mais eficientes, temos que fazer cada vez mais com menos (tempo). Dormir é para os fracos, reclamar também.
Vivemos nesse estranho período, onde temos que equilibrar tudo aquilo que precisamos fazer - trabalho, estudos, família, lazer - e, simultaneamente, temos que pensar no planeta terra, na poluição, na crise financeira.
Como deixamos as coisas chegarem a este ponto?
Não nos divertimos mais como antigamente. Hoje, vivemos dos famigerados 'répi auers'. Cronometrados, em lugares barulhentos, onde os diálogos travam batalhas com os demais sons do ambiente, tentando atingir o interlocutor de maneira satisfatória.
Vivemos a era do social(?) e, portanto, tu tens que transitar em inúmeras rodas de amigos, não podendo se dar ao luxo de manter apenas uns quatro ou cinco, chamados "de fé". Quer dizer, todos nós temos aqueles que usualmente chamamos de "amigos de verdade", que costumam ser aqueles de longa data. Porém, não temos mais o tempo para cultivar isso. Os "amigos de conveniência" tomam boa parte do nosso tempo, afinal, normalmente, estão mais próximos, pois se tratam de colegas de trabalho ou colegas de estudos.
E nossas relações pessoais e familiares? Bem, estas estão entregues. Acompanhem meu raciocínio: o sujeito acorda as 7 horas, leva 1 hora para acordar, se arrumar, tomar café, fazer uma ou outra coisinha em casa e sair. Diálogo com a família? Só durante o café e olhe lá, uma vez que o casal está acompanhando as notícias no tablet ou televisão, ou então, está respondendo os emails de trabalho, para adiantar o serviço. À noite, as coisas não são muito diferentes. As pessoas saem do escritório, vão para aula e chegam em casa depois das 23 horas. Se não, saem do trabalho e vão para a academia, inglês, ioga, ou seja lá qual a opção para manter mente e corpo saudáveis. Em suma, os casais, hoje, não passam mais que 2 ou 3 horas juntos de verdade, por dia, quando muito.
No médio e longo prazo, casar não será mais visto como algo proeficiente. Não terá o menor sentido casar! As pessoas viverão suas vidas conjugais separadamente, tendo encontros esporádicos, quando houver coincidências de espaços vagos nas agendas. A relação será como são as reuniões profissionais hoje: marca-se um horário, as pessoas se encontram, tratam o que é preciso tratar, incluíndo questões sexuais, e por fim, cada um segue para seu próximo compromisso.
É triste, é vazio, mas é a realidade, e não há mais como fugir, fato.

Um comentário:

Samantha disse...

É a mais pura e dura verdade Mano. O tempo está cada vez mais curto... e nós mais distantes do verdadeiro sentido da vida.