quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Nova era

Alguns dirão, na eterna busca de rótulos para tudo, que estamos vivendo a "Era da Informação", afinal, o avanço da tecnologia nos proporcionou o acesso a tudo, em qualquer lugar, em qualquer hora e, principalmente, com uma abundância que jamais tivemos condições de produzir em qualquer outro tempo da humanidade na terra.
Poderíamos nos referir ao nosso tempo, também, como a "Era do Politicamente Correto". Nunca fomos tão controlados sobre o que pensamos e falamos, como somos na atualidade. A corneta da correição invade cada vez nosso dia-a-dia e, quando menos esperamos, somos alcançados implacávelmente por suas longas garras. Um comentário infeliz, ou uma piada mal colocada, pode desencadear uma enxurrada de críticas - por vezes, raivosas ao extremo - sobre nosso comportamento preconceituoso e segregador.
Ambas as teorias me parecem bastante razoáveis e condizentes com o mundo que vivemos. Porém, minhas impressões me levam a crer que, na realidade, este tempo não passa de um arremedo do que somos. Isso mesmo! Somos tudo isso que vivemos, amigo!
Não adianta me xingar, ou fingir que não está lendo isso. Somos esta angústia constante em que nosso mundo se tornou. Somos essa sensação de medo, essa incerteza que nos assola e confronta diariamente.
Somos a união de todas as frustrações de toda a humanidade reunidas numa espécie de "cárcere" que, seja por comodismo, ou pela pura ausência de esperança, costumamos chamar de lar.
Essa nossa era, não passa de um amontoado de sentimentos inócuos, pessoas distantes e sozinhas. Somos uma raça de pobres de espírito, cansados de buscar o que não sabemos, de tentar entender o que não conseguimos entender. Vivemos e esperamos o descanso eterno, com uma triste esperança de que descobriremos a verdade, que na verdade, nem mesmo existe.

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