segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Nirvana, Kurt, Depressão e felicidade...


Estava ouvindo "Something in the Way", do Nirvana, do álbum "Nevermind", um dos mais vendidos e cultuados do mundo, lançado em 1991. A letra trata, basicamente, da reflexão e amargura de alguém que mora embaixo de uma ponte.
No início, todos diziam que a música era autobiografica, da época em que Kurt, supostamente, morou debaixo de uma ponte em Arlington, estado de Washington.
Há algum tempo, assistindo a um documentário sobre Kurt, o biógrafo responsável pela biografia Heavier Than Heaven (Mais Pesado que o Céu), comentou que após aprofundada pesquisa e entrevistas feitas com diversos amigos e parentes de Kurt, na verdade, ele nunca chegou a morar efetivamente nas ruas, e mais específicamente, embaixo da ponte.
Na verdade, ele passava longos períodos longe de casa, dormindo na casa de amigos. A ponte, realmente existe, e o jovem Kurt passava algum tempo lá sozinho, provavelmente bebendo e usando drogas.
Esclarecido este ponto, independentemente de ser verdade ou não, essa música expressa uma amargura e uma solidão poucas vezes vistas. Não sei explicar se trata-se do tom da voz de Kurt, a simplicidade atrelada a uma melancolia no tocar do violino, ou ainda, a marcação da bateria, sem floreios. Simples assim.
Exisem alguns dias em que nos sentimos igual ao cara da música. Sozinhos, desolados, sem perspectiva de que algo realmente bom possa acontecer. Nos sentimos como se estivessemos debaixo daquela maldita ponte, com goteiras sobre nossas cabeças e apenas peixe para comer.
Mas fiquem tranquilos. Tudo isso passa. Uma hora, haverá de passar. Existe um velho ditado que diz que "não há mal que sempre dure, nem bem que não se acabe". Apesar de essa frase nos remeter ao tempo de nossos avós de tão velha, ela tem uma verdade inabalável contida. Uma hora acaba. Nem que seja com a morte, mas acaba.
Portanto, não perca tempo invejando os que parecem felizes. Você nunca saberá quanto tempo a dor existiu na vida desse sujeito, antes que, finalmente, ele fosse capaz de colocar um sorriso no rosto.

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