sábado, 11 de fevereiro de 2012

Ateu, graças a deus? Não me faça rir

Esse post é para os ateus. E para os não ateu também. É um post para todos que incomodam, ou se sentem incomodados, com a prática absurda da "conversão", que alguns insistem em promover quando encontram alguém que se classifica como ateu.
Ser ateu não é ser doente. Não é desvio de caráter, como diversos setores querem classificar. Não é doutrina, religião, nem dogma. É apenas a falta do credo em deus. O que há de errado nisso?
Algumas pessoas nos enxergam como verdadeiros "hereges", que, possivelmente, irão arder nos mais profundos fogos do inferno. Nos rotulam, erroenamente, como pessoas más, como se valores bons e positivos dependessem diretamente da nossa crença ou não em um deus.
Estou de saco cheio de piadinhas do tipo "ateu ou atoa?", ou então "ateu, graças a deus". Isso não é uma deficiência física ou psicológica que, erradamente, pessoas ditas religiosas tem a absurda necessidade de sentir pena. Nenhum deficiente é passível de pena. Eles não querem, nem precisam disso. Eles precisam de oportunidades. Nós, ateus, não somos diferentes.
Pensem que, da mesma forma que é difícil para vocês entender como uma pessoa vive sem ter "deus no coração", para nós, ateus, é difícil acreditar em algo que nunca ninguém viu ou provou ser de verdade. Somos dois lados de uma mesma moeda.
Optamos, em determinado momento da vida, em abrir as mentes e questionar toda essa doutrina que nos foi mposta. E para nossa supresa, tudo que vimos foram invencionisses, que de tanto serem repetidas ao longo dos milênios, tornaram-se verdades quase inquestionáveis.
Se as mentes de vocês não conseguem entender isso, pelo menos, tenham a decência de respeitar. Afinal, nunca vi um ateu batendo em um padre, ou tentando desconverter um evangélico por pensar diferente. Somos pessoas muito mais tolerantes com as diferenças do que vocês, que julgam ateus, mas esquecem-se de olhar um pouco para dentro das instituições que frequentam. Instituições essas, que pilharam e mataram milhões na época da inquisição, sob um pretexto ridículo de bruxaria.
Aos que, em vão, ainda tentarão me converter, digo para não perderem seu tempo. Coloquem, de uma vez por todas em suas cabeças, que não acordei um belo dia e decidi ser ateu. Isso foi construído ao longo do tempo, através de estudos, leituras e, até, quem diria, frequentar seus templos, ver suas cerimônias e discutir suas opiniões.
Ser ateu é muito mais difícil do que se imagina, acreditem. É lutar contra todo o circo armado pela humanidade no decorrer de inúmeros séculos. É não aceitar a verdade que é imposta e dita como verdadeira por bilhões de pessoas. Ser ateu, é acordar diariamente sem a ilusão de que, se formos pessoas boas seremos recompensados no paraíso. Para nós, a morte é o fim.
Tenho quase certeza de que a maioria das pessoas que se dizem religiosas, se por um instante em suas vidas, realmente questionassem seriamente suas crenças, livres de julgamentos pré-estabelecidos e essa cultura imposta, chegariam a conclusões que estragariam suas vidas para sempre.
Portanto, antes de tentar converter um ateu, pensem, antes de mais nada, se realmente o que vocês pregam tem um fundo de verdade ou faz algum sentido. Senão, correm o risco de ser desconvertidos por um ateu mais bem preparado psicológicamente que você.

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