quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Cotas raciais, outra forma de discriminação

Cotas raciais. Taí, uma coisa que jamais vou entender! Passamos o final do século XIX, o século XX inteirinho, e já percorremos mais de uma década do século XXI, tentando fazer com que a humanidade pare com a estupidez de diferenciar cores, credos e raças, mas queremos dar bolsa para alguém porque este alguém é negro?

Não faz muito mais sentido que se dê oportunidade para quem é pobre, independentemente da cor de sua pele? Minha mente "insana" acha que sim, mas pelo jeito, muita gente não acha tão boa a ideia.

Vou dar aqui o meu exemplo. Sou branco e tenho olhos verdes. Sou o esteriótipo de uma pessoa que teria totais condições de cursar o ensino fundamental e médio em um colégio particular, pagar um cursinho pré-vestibular, daqueles bem caros, e no final ser "Bixo" na UFRGS, correto?

Bem, tirando o fato de que estudei a vida toda em uma escola pública, pois meus pais sempre tiveram que "parir uma bigorna" para que minha irmã e eu pudessmos ter o que comer e onde morar, o esteriótipo que descrevi seria o de um cara que JAMAIS poderia ganhar uma bolsa de estudos em uma faculdade pública, por ser BRANCO!

Acho uma sacanagem das grossas que um cara branco, que "deu o azar" de nascer pobre, não tenha os mesmos direitos e oportunidades de qualquer outra pessoa.
Se sou branco, o problema é meu, não é mesmo? Os negros são discriminados há 500 anos neste país, e foram escravos, portanto, merecem tratamento diferente.
Mas, convenhamos, compensar as injustiças cometidas ao longo da história, sendo injusto com quem não se encaixa no perfil de uma cota, me parece uma discriminação tão estúpida como qualquer outra.

Ah, e antes que algum imbecil, analfabeto funcional, interprete meu texto como o desabafo de um perdedor, ou de um racista enrustido, saiba que sou formado em Administração de Empresas por uma universidade privada, pois obtive uma bolsa através do ENEM! Sem cursinho, sem professor particular. Fruto de escola pública, assim como outros pobres que conheci, brancos, negros, pardos. Sou igual a todos eles, e sempre deveríamos pensar dessa forma. Somos TODOS iguais!

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