Frequento há aproximadamente 22 anos os jogos do Grêmio, antes no Olímpico, hoje na Arena. Neste período, jamais me envolvi em qualquer briga ou confusão, mesmo que, algumas vezes, eu tenha chego próximo a isso. Porém, nestes momentos críticos, preferi dar de ombros e não prosseguir, pelo simples fato de que o único e exclusivo motivo que sempre me fez ir ao estádio foi assistir ao Grêmio, e somente isso.
Não sou melhor ou pior do que ninguém, mas penso ser uma tremenda burrice sair de casa, gastar um bom dinheiro entre ingressos, deslocamento e cervejas, para sair na mão com outro cara, sem qualquer motivo realmente bom para isso.
Por isso, nunca consegui entender qualquer briga entre membros de uma mesma torcida, ou mesmo entre torcedores adversários. Claro, não sejamos hipócritas: um cara pisa no pé de outro cara, que por sua vez não gosta do pisão, já está bêbado e ambos partem para as "vias de fato". Tudo bem, acontece, apesar de ser uma completa imbecilidade, são casos totalmente isolados, onde dois torcedores burros trocam alguns tapas e a turma do "deixa disso" trata de logo apaziguar os ânimos. Sem grandes consequências ou traumas, segue o jogo.
Mas não é o que temos acompanhado, principalmente agora, na Arena. Os caras estão vivendo uma guerra, onde torcer pelo clube está fora de questão. Os motivos reais para essas confusões todas eu desconheço, mas arrisco dizer que tem a ver com poder e grana (que são sempre os motivos principais de qualquer guerra).
E antes que me perguntem, quero deixar claro que gosto da Geral e muito frequentei a torcida, até 2007, quando acontecimentos como brigas inexplicáveis, por motivos ridículos me afastaram para outro setor do estádio. Mas a cada jogo - e a cada nova confusão - fica mais difícil para o torcedor comum feito eu defender essa torcida.
A impressão que tenho é que a Geral quer ser a "verdadeira" torcida gremista. Os que não cantam são considerados amargos e menos gremistas que eles. Acreditam que sem eles não haverá cantos ou festa. O que eles não percebem é que cada vez estão ficando mais isolados do restante dos torcedores, o que, logo, inviabilizará sua própria existência. A Geral de hoje, é uma caricatura feia da bela torcida que já foi em outras épocas, e isso, cada vez mais, fará com que torcedores mais tranquilos não queiram sua presença no estádio.
Lá no início, vocês se recordam de como era formado o descontrole, e como eram organizados os detalhes sobre a torcida? No pátio do Olímpico, antes dos jogos. Cada um trazia uma coisa: papel-picado, trapo, bandeirinhas, sinalizadores, bobinas, tudo comprado com dinheiro do bolso do próprio torcedor. A torcida não era minha, nem do Alemão, ou de qualquer outro. Era a torcida do Grêmio, que tinha como único objetivo apoiar ("alentar", como dizíamos) incondicionalmente.
Não era uma torcida do clube, e sim, uma torcida pelo clube. Para ser verdadeiramente torcedor da "Alma Castelhana", os caras te convenciam a ser sócio, comprar somente produtos originais e licenciados pelo clube. Enfim, o foco era ajudar o Grêmio, na boa e na ruim.
O que vejo hoje são facções brigando por poder, ingressos e apoio para viagens. Isso que acontece atualmente não é mais Geral. A Geral se transformou exatamente naquilo que, lá no início, tanto repudiava: uma torcida organizada, que é utilizada pelo próprio clube, para fins políticos de seus mandatários. A Geral perdeu sua razão de ser, sua identidade verdadeira. Foi tomada por vagabundos, que utilizam uma das coisas mais sensacionais de que se tem notícia no futebol brasileiro, para seus fins escusos e criminosos. Recuso-me a chama-los de torcedores, pois usar essa terminologia os equipararia aos 99,9% dos gremistas que querem "apenas" torcer pelo seu time do coração. São criminosos, bandidos, e como tal, devem ser expurgados, feito um câncer. O poder público precisa atuar de maneira dura com estes meliantes, mas nós, torcedores de verdade, não podemos ser lenientes com esse comportamento. Precisamos denunciar quando nos depararmos com esses caras aprontando uma das suas.
Enquanto o destaque ao final dos jogos do Grêmio for brigas na torcida, cadeiras quebradas, ou qualquer tipo de acontecimento negativo extracampo, me recuso a defender a Geral. Desde que o mundo é mundo, os bons pagam pelos maus e, por isso, as medidas enérgicas devem ser tomadas, doa em quem doer.
Não sou melhor ou pior do que ninguém, mas penso ser uma tremenda burrice sair de casa, gastar um bom dinheiro entre ingressos, deslocamento e cervejas, para sair na mão com outro cara, sem qualquer motivo realmente bom para isso.
Por isso, nunca consegui entender qualquer briga entre membros de uma mesma torcida, ou mesmo entre torcedores adversários. Claro, não sejamos hipócritas: um cara pisa no pé de outro cara, que por sua vez não gosta do pisão, já está bêbado e ambos partem para as "vias de fato". Tudo bem, acontece, apesar de ser uma completa imbecilidade, são casos totalmente isolados, onde dois torcedores burros trocam alguns tapas e a turma do "deixa disso" trata de logo apaziguar os ânimos. Sem grandes consequências ou traumas, segue o jogo.
Mas não é o que temos acompanhado, principalmente agora, na Arena. Os caras estão vivendo uma guerra, onde torcer pelo clube está fora de questão. Os motivos reais para essas confusões todas eu desconheço, mas arrisco dizer que tem a ver com poder e grana (que são sempre os motivos principais de qualquer guerra).
E antes que me perguntem, quero deixar claro que gosto da Geral e muito frequentei a torcida, até 2007, quando acontecimentos como brigas inexplicáveis, por motivos ridículos me afastaram para outro setor do estádio. Mas a cada jogo - e a cada nova confusão - fica mais difícil para o torcedor comum feito eu defender essa torcida.
A impressão que tenho é que a Geral quer ser a "verdadeira" torcida gremista. Os que não cantam são considerados amargos e menos gremistas que eles. Acreditam que sem eles não haverá cantos ou festa. O que eles não percebem é que cada vez estão ficando mais isolados do restante dos torcedores, o que, logo, inviabilizará sua própria existência. A Geral de hoje, é uma caricatura feia da bela torcida que já foi em outras épocas, e isso, cada vez mais, fará com que torcedores mais tranquilos não queiram sua presença no estádio.
Lá no início, vocês se recordam de como era formado o descontrole, e como eram organizados os detalhes sobre a torcida? No pátio do Olímpico, antes dos jogos. Cada um trazia uma coisa: papel-picado, trapo, bandeirinhas, sinalizadores, bobinas, tudo comprado com dinheiro do bolso do próprio torcedor. A torcida não era minha, nem do Alemão, ou de qualquer outro. Era a torcida do Grêmio, que tinha como único objetivo apoiar ("alentar", como dizíamos) incondicionalmente.
Não era uma torcida do clube, e sim, uma torcida pelo clube. Para ser verdadeiramente torcedor da "Alma Castelhana", os caras te convenciam a ser sócio, comprar somente produtos originais e licenciados pelo clube. Enfim, o foco era ajudar o Grêmio, na boa e na ruim.
O que vejo hoje são facções brigando por poder, ingressos e apoio para viagens. Isso que acontece atualmente não é mais Geral. A Geral se transformou exatamente naquilo que, lá no início, tanto repudiava: uma torcida organizada, que é utilizada pelo próprio clube, para fins políticos de seus mandatários. A Geral perdeu sua razão de ser, sua identidade verdadeira. Foi tomada por vagabundos, que utilizam uma das coisas mais sensacionais de que se tem notícia no futebol brasileiro, para seus fins escusos e criminosos. Recuso-me a chama-los de torcedores, pois usar essa terminologia os equipararia aos 99,9% dos gremistas que querem "apenas" torcer pelo seu time do coração. São criminosos, bandidos, e como tal, devem ser expurgados, feito um câncer. O poder público precisa atuar de maneira dura com estes meliantes, mas nós, torcedores de verdade, não podemos ser lenientes com esse comportamento. Precisamos denunciar quando nos depararmos com esses caras aprontando uma das suas.
Enquanto o destaque ao final dos jogos do Grêmio for brigas na torcida, cadeiras quebradas, ou qualquer tipo de acontecimento negativo extracampo, me recuso a defender a Geral. Desde que o mundo é mundo, os bons pagam pelos maus e, por isso, as medidas enérgicas devem ser tomadas, doa em quem doer.
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