quinta-feira, 11 de julho de 2013

Pirâmides...

Desde o início deste ano tenho ouvido rumores sobre pessoas que estão obtendo "ganhos astronômicos", com MMN (Marketing Multinível) na internet.
Confesso que não tinha dado muita importância a isso. Em parte, pela falta de tempo e, ademais, porque não procurei me aprofundar sobre o tema mesmo.
Porém, esta semana, um conhecido veio até mim com uma proposta de negócio irrecusável: ganhar muito dinheiro sem fazer nada. Isso mesmo! Investimento baixo e retorno elevado. Parece ótimo, não? O sonho de qualquer economista, eu diria.
Mas, minha experiência de vida diz que "não existe dinheiro fácil", a não ser que tu ganhe na Mega-Sena, portanto, sempre que ouço algo parecido com isso, mantenho os dois pés atrás, sem qualquer constrangimento.
Mas também, outra coisa que sempre carrego comigo é que qualquer proposta merece - e deve - ser ouvida ao menos. Mesmo que tu não tenha a intenção aceita-la, todos merecem ser escutados, minimamente. Isso demonstra respeito ao próximo.
Passei a ouvir este conhecido, bem como sua proposta de negócio. Pelo que me recordo, funcionava mais ou menos assim: a dona do negócio era uma empresa americana, conceituada no mercado mundial, que buscava parceiros no Brasil,  para expansão de suas fronteiras;
O processo consistia em "adquirir" um pacote contendo algumas unidades do tal produto comercializado por esta empresa, sob o pretexto de tornar-se seu "parceiro" e, desta forma, começar a desfrutar dos benefícios.
O mais "interessante" da proposta foi que vender o produto não era a principal fonte de lucro. O que valia mesmo a pena, era trazer outros sócios, iguais a você, para o tal parceiro americano. Também, havia a promessa de obtenção de valores através da promoção de anúncios em sites, Facebook, etc.
Tudo muito bonito, tudo muito legal. Mas, o que mais chamou a atenção foi quando perguntei mais sobre o produto. O que era? Quanto custava? Qual benefício sua compra traria aos possíveis clientes?
O conhecido desconversou, se enrolou um pouco, falou algumas frases desconexas e, ao fim, voltou a afirmar que o produto não era o mais importante para lucrar, e sim a obtenção de mais representantes e o aumento de anúncios nos sites e redes sociais.
Agradeci por ele me explicar sobre o que se tratava, me despedi e fui embora. Ao final da exposição dele, depois de tudo que ouvi, a única palavra que ficou piscando na minha mente, como um grande letreiro em neon escrito "PIRÂMIDE".
Sim, queridos amigos. Não consigo me desvincular das lembranças do famoso esquema que enriqueceu alguns e empobreceu a esmagadora maioria, nos idos dos anos 1980/1990.
Ganhar muito dinheiro, com um produto ruim, que ninguém em sã consciência vai comprar, mas que também não é preciso vender? Além disso, tu precisa convencer mais pessoas desta idiotice, pois desta forma, passará a ganhar mais dinheiro?
Amigão, não acredito em papai noel ou coelhinho da páscoa. Para piorar, nem em deus eu acredito. Daí, tu querer me convencer que, realmente, isso é uma coisa boa? Na boa, apaga meu nome da agenda do teu celular, pois não quero que tu me ligue para te tirar do presídio, quando o esquema ruir (e vai ruir!) e a PF invadir tua casa as 6h da madrugada.
Pessoal não aprende as lições que a história insiste em ensinar. Para conseguir dinheiro fácil neste país, só conheço três maneiras: Ganhar na Loteria, roubar ou virar político. No mais, qualquer coisa diferente do que citei é conversa para boi dormir. Portanto, não me venham com estas histórias de novo, senão, vou acabar te fazendo deixar de acreditar no papai noel.

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