domingo, 22 de setembro de 2013

Em algum lugar, não muito longe daqui... (Parte XXIV)

Percebeu quando os três pararam em frente a sua mesa. Deu uma última respirada profunda, tentando recobrar a naturalidade no semblante. Porém, ao erguer o rosto acima do cardápio, pode ver com clareza que havia feito uma tremenda confusão: a moça não era Ana e, portanto, Chico não era um traidor.
"- Não estava me ouvindo não, Pedro? Te chamei feito um louco!" , disse Chico, com um ar de advertência.
"- Ehr... desculpa aí, Chico. Não vi que você me chamou..." retorquiu Pedro, com o semblante retomando sua aparência normal.
Chico apresentou Pedro ao casal de amigos que, coincidentemente, encontrou quando entrou no bar. Ela tinha cabelos vermelhos e a pele branca, porém, sua face não possuia nem a metade da beleza e encanto do rosto de Ana.
Apesar de não transparecer, Pedro sentia um alívio tomando conta de sua alma, como se tivesse recebido uma dose acalentadora de morfina. Não era Ana e, portanto, não tinha motivo para odia-la.
O restante da noite correu sem sobressaltos. O casal de amigos de Chico sentou-se a mesa e passou o restante da noite em companhia dos dois amigos.
Por volta das 23 horas, Pedro pediu licença aos demais, pagou sua parte na conta e voltou para a pousada, afinal, precisava acordar cedo no dia seguinte, ja que tinha que embarcar bem cedo em um ônibus para sua terra natal.
(Continua...)

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