quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Brasil, o país da dislexia!

Título forte, eu sei, mas tem uma razão de ser. Adjetivei o substantivo, pois não quero desmerecer as pessoas que sofrem com a doença dislexia. Adjetivei, visto que o brasileiro não sabe ler, ouvir, ver. Sem saber essas coisas não aprende. Se não aprende, como poderá discutir e discernir sobre o que os permeia?

Vivemos um período escuro na história humana. As barbáries se alastram como rastilho de pólvora. Dia após dia, lemos, ouvimos, assistimos a bestialização da sociedade moderna, cada vez mais focada exclusivamente no indivíduo, no "eu". E por não pensar de maneira social, acabam por isolar-se,  tendo que lidar sozinhas com seus monstros. Porém, nem todos tem a capacidade de manter seus monstros trancafiados em um canto perdido da mente. Precisam deixá-lo sair, livre para se alimentar da desgraça e da dor.

Assistimos tudo isso e, incrivelmente, nada aprendemos. Se uma pessoa atropela, mata, estupra, virão outras cem para o linchamento, decorrente de uma interpretação diversionista e insana da Lei de Talião, executada por sujeitos "disléxicos", que não sabem ler, ouvir, pensar. Executam os "preceitos" da Lei da forma mais sórdida possível.

Os mesmos "disléxicos" sairão em defesa de seu ponto de vista insinuando que este que vos escreve é um defensor do "direito dos manos", ou sugerindo que eu leve o bandido para minha casa. Mais um sintoma clássico de que este sujeito vive no mundo sombrio da ignorância.

Se quero a justiça? É meu único desejo. A coisa que mais gostaria de ver no Brasil são criminosos pagando por seus crimes, sem subterfúgios ou escapismos. Porém - e o mais importante neste processo -, é o respeito ao estado democrático de direito, pois, do contrário, cada um faria sua própria regra, baseado apenas em seu próprio senso de justiça.

Porém, os ignorantes ignoram (com o perdão da aparente redundância) este tipo de coisa. Creem no seu senso de justiça distorcido como a solução dos problemas. E a cada nova "condenação" deste tribunal bizarro, damos mais um passo gigantesco rumo às trevas e ao fim do mundo. Ou, se você tiver sorte, talvez seja linchado por disléxicos, antes do fim absoluto.

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