segunda-feira, 5 de outubro de 2015

Análise de Celular Velho - Sony Xperia Z1


De maneira inovadora, mesmo que ao contrário, aqui no Blog Los Três Amigos inauguramos a inédita seção "Análise de Celular Velho"!(?) Esta análise consiste em uma manobra que vai contra tudo que é preconizado nas demais páginas que possuem este tipo de análise.
Enquanto que os sites mais ortodoxos e quadrados recebem um aparelho novinho em folha, utilizam-no por uma ou duas semanas e escrevem suas impressões, aqui faremos diferente: analisaremos celulares usados mesmo, de preferência no fim da vida útil, para contar aos nossos leitores como os aparelhos chegam no fim de suas incríveis jornadas.

Neste primeiro post, falarei do aparelho que estou me desfazendo esta semana, após um ano e seis meses de uso intenso: meu querido e ótimo Sony Xperia Z1!

Principais características:

    Chipset - Qualcomm MSM8974 Snapdragon 800
    Processador - 2.2 GHz Quad Core
    GPU - Adreno 330
    RAM - 2GB
    Memória - 16GB
    Memória Expansível - Até 64GB
    Tela - 5 polegadas
    Espessura - 8,5 milímetros
    Dimensões (largura x altura) - 74 x 144 milímetros
    Peso - 170 gramas
               
Além dos aspectos técnicos elencados acima, é possível destacar que o aparelho possui uma câmera traseira de 20,7 megapixels, TV Digital, proteção IPX5, que garante resistência à água e acesso à rede 4G.
Aparência e design:
Lembro como se fosse hoje o dia em que abri a caixa do Z1 pela primeira vez. Pretão, detalhes em alumínio nas laterais e vidro na traseira toda. Bem bonitão mesmo! Obviamente, a primeira coisa que fiz foi colocar uma capa protetora e uma película, pois "boca aberta" do jeito que sou, já previ o enorme desastre que se aproximava daquele corpinho todo de vidro. Por conta disso, meu Z1 chegou ao fim de sua jornada com pouquíssimos arranhões e marcas de uso. Também, até onde lembro, não o deixei cair nenhuma vez, o que ajudou a garantir que ele se mantivesse tão preservado por todo esse tempo.
Um aspecto que podemos classificar como negativo é o fato de que ele possui algumas pequenas reentrâncias e frisos onde inevitavelmente alguma poeira se acumulou. Nada absurdo, apenas um ponto de atenção.
Também é preciso dizer que a tampa protetora da entrada mini USB caiu faz algum tempo. Isso não seria tão relevante, se não fosse o fato de que isso inviabiliza a proteção que o telefone deveria ter com relação à água. A Sony deveria ter pensado melhor a estrutura desta tampa, pois ela sempre me sugeriu fragilidade, o que acabou se confirmando. 
Tela:
A Sony, como umas das principais fabricantes de televisores do mundo, utilizou-se de sua expertise na hora de conceber a tela do Xperia Z1. Sua tela possui a tecnologia TFT, que apesar de não ser a mais utilizada para celulares, garante um display de cores vibrantes e bom contraste. Durante todo o tempo de uso, nunca tive qualquer problema com a tela, sendo este um dos pontos altos do aparelho.
Câmera:
O Xperia Z1, se não me engano, foi o primeiro aparelho a carregar 20,7 megapixels de resolução em sua câmera traseira. Esta resolução, aliada à tecnologia aplicada na câmera, bem como um software com muitas opções de configurações, me garantiram milhares de fotos muitos boas, mesmo quando o ambiente não possuía a luminosidade ideal. Já a frontal, de 2 megapixels, tira boas fotos, porém, nada demais.
Bateria:
Eis aqui um ponto que me chateou um pouco e um dos aspectos que me fez querer trocar de aparelho. O Xperia Z1 veio de fábrica com o Android 4.2 (Jelly Bean), customizado pela Sony, que garantia o uso durante todo o dia sem precisar de uma nova carga. Essa tendência se manteve quando o software foi atualizado para o Android 4.4 (KitKat). Porém, para minha surpresa - e decepção -, desde que atualizei o telefone para o Android 5.0 (Lollipop), no meio da tarde, sou obrigado a colocar o aparelho na tomada pois, mesmo carregando-o durante toda a noite, lá pelas 15h30, conto com menos de 30% de bateria disponível.
Não sei o que os engenheiros da Sony fizeram aqui, mas olha, merecem os 'parabéns', viu?
Desempenho:
Durante os primeiros meses de uso do aparelho, confesso que sua memória RAM de 2GB sobravam. Tive poucas ocorrências de travamento e reinicialização, porém, desde a atualização para o Android 4.4, esta tendência sofreu um processo de reversão que atingiu seu ápice na atualização do Android 5.0.
O Jelly Bean chegou com alguns bugs irritantes, como o travamento do rádio FM, que só voltava a funcionar se eu fechasse e abrisse novamente o aplicativo, e o travamento da câmera. Além disso, a incidência de reinicialização aumentou consideravelmente, muito provavelmente por conta de um aquecimento demasiado que eu sentia na traseira do aparelho durante alguns usos específicos.
O Android Lollipop fechou com "chave de ouro" o resto da minha paciência com o aparelho, uma vez que, após a atualização, passou a contar com lags irritantes, além de reiniciar e superaquecer ainda mais, tornando seu uso, por vezes, extremamente lento e pesado, sem qualquer fluidez.
Só não falo mais mal da Sony pois já tive um Samsung que ocorreram coisas muito parecidas, não sendo sua exclusividade, portanto.
Tendo a crer que essas interfaces muito customizadas e mexidas como as da Sony e da Samsung, podem até parecer bonitinhas no início, mas se mostram um péssimo negócio ao longo do tempo, pois estas alterações no Android trazem diversos recursos de utilidade duvidosa, além de tornar a atualização do software mais difícil e suscetível a este tipo de acontecimento que reduz a vida útil do aparelho.
Funcionalidades:
Esta é a parte onde opinião se torna "bunda", ou seja, cada um tem a sua. Tem pessoas que curtem aquele monte de softwares pré-instalados, outras pessoas, já são mais de um Android "purinho" e suas particularidades.
No caso do Z1, algumas alterações foram bem construídas, como as que recheiam a câmera e até alguns aplicativos, como no caso do TrackID, que faz o reconhecimento do nome e artista de músicas, bastando colocá-lo próximo ao alto falante ou acionando-o enquanto escuta rádio.
Já outros, durante esse 1 ano e meio, se mostraram inúteis para mim, tal como o What's New, Keep e Campo Sony que, sendo bastante sincero, não farei comentários pois nunca estive perto de utilizá-los.
Conclusão:
O Xperia Z1 foi um aparelho adquirido quando ainda se tratava do topo de linha da Sony e, levando isso em consideração, ele exerceu seu papel durante um tempo. Ele trazia novidades muito interessantes na época, como uma câmera de 20,7MP e o fato de ser à prova d'água.
Decorridos 18 meses de sua aquisição, seus predicados já não contam com o ineditismo de outrora, o que em nada diminui a força deste aparelho, que me acompanhou durante um tempo razoavelmente longo, e que, agora, cederá lugar à outro celular com características impressionantes, o Motorola Moto Maxx, que contará com um release qualquer hora dessas.

Espero que tenham gostado desta análise. Caso queiram mandar suas análises para publicação no blog, é só encaminhar um email para tresamigosalv@gmail.com.

Abraço!
---------
PS: No dia 8/10, a Sony liberou a atualização do SO, para a versão 5.1.1, do Lollipop e, para minha completa surpresa - e indignação -, conseguiram piorar ainda mais o que já não estava nada bom.
Poderia me ater aos diversos bugs, como minha agenda de contatos que desapareceu, e alguns aplicativos que simplesmente pararam de funcionar. Mas esses erros são "fichinha", perto do que a atualização fez ao consumo de bateria do Z1.
Hoje, por exemplo, após deixar o aparelho no carregador durante a noite toda, saí de casa as 8h e, agora, às 14h, acabo de colocá-lo na tomada novamente, com apenas 4% de carga restante, mesmo eu não sendo um hard user
Para se ter uma ideia, acessei apenas meu Twitter por uns 30 minutos, ouvi 1h de música e fiz uma ligação de dois minutos, e só! Fim de papo, fim de bateria.
Se eu ainda tinha alguma dúvida por ter comprado outro aparelho, depois desta última atualização, essa dúvida sumiu. Parabéns, Sony! Um aparelho com um potencial enorme, destruído por atualizações simplórias e ridículas. Antes não tivessem liberado atualização.


-------
PS2: Após alguns problemas que tive com a aquisição do novo aparelho, tive que tentar dar um jeito no Z1 mesmo, pois terei que ficar com ele ainda mais um tempo. Após apanhar bastante, como último recurso, restaurei as configurações de fábrica e, acreditem, o aparelho melhorou 200%!
O consumo de bateria está bem próximo ao que era, ele tem reiniciado muito menos vezes, além de não sentir nenhum engasgo ou lag na utilização.
O mais estranho foi que, ao consultar o código da versão, ao invés de retornar para o Android que veio embarcado na época da compra (o 4.2, se não me engano), ele apenas consta como sendo a versão 5.1.1 (???).
De qualquer forma, o telefone melhorou bastante depois disso, tornando-o utilizável, até que eu consiga resolver a pendenga do celular que comprei (caso que explicarei em outro post).

Nenhum comentário: