sexta-feira, 9 de outubro de 2015

O Sistema Nunca Perde...

Dias atrás, em algum lugar da internet, li uma frase que, apesar da simplicidade, carrega uma enorme crítica social e, pior, ainda pode revelar uma grande verdade intrínseca sobre como funcionam as coisas no Brasil: "A insegurança, antes de tudo, é um grande negócio...".

Os que me conhecem já sabem que sou um teórico da conspiração convicto, daqueles mais 'dodóis' mesmo. Para vocês terem uma ideia, na minha modesta opinião, JKF foi vítima de uma conspiração da indústria armamentista americana, assim como tenho certeza de que o homem não foi à Lua e sou um defensor de que a "Área 51" não é só mais uma fantasiosa história de Sci-Fi.

Diante disto, não me soa estranho pensar que, a grande verdade sobre a segurança no Brasil passa diretamente por aspectos diferentes do que a maioria pensa serem os corretos. A insegurança gera lucro para um monte de gente, incluindo o governo. Desta forma, será que é interessante combatê-la e erradicá-la? Ou é melhor apenas mantê-la em certo nível para que não se perca completamente o controle, porém, que mantenha o sentimento de medo na população? Há de se pensar nisso.

Vamos trabalhar um exemplo: um carro roubado, se pensarmos da forma usual, é um problema para o Estado, correto? Mas analisando sobre um prisma bem capitalista e sujo, acabamos percebendo que, na verdade, podemos classificar como uma situação em que, tirando o contribuinte que tem seu bem subtraído, as demais pessoas do processo lucram - e muito -, com tudo isso.

Você tem seu carro roubado, portanto, o bandido ganha, pois o vende para um desmanche, ou o utiliza para cometer outros crimes. O Estado ganha com recolhimento de seus impostos, afinal, o pobre cidadão terá de adquirir um novo veículo. Mas enquanto isso não ocorre, terá que andar de ônibus, táxi ou lotação, gerando lucro às empresas que controlam este negócio. A concessionária ganha com a venda, assim como o DETRAN, recolhendo as custas de emplacamento e registro. Poderíamos ir ainda mais longe, pensando nas seguradoras, que cobram muito caro para nos passar uma ilusória sensação de segurança. Poderíamos incluir os bancos, a quem recorremos para obter uma linha de crédito, com juros “módicos”, para a aquisição de um bem que, na teoria é nosso, mas que, na prática, também é do Estado. Ou você não sabe que se não pagar IPVA, você não poderá trafegar com ‘seu’ carro? Pois é...

Vejam, em uma análise bastante simplista, conseguimos identificar diversas pessoas lucrando com apenas um carro roubado. Algumas são do Estado, outras são bandidos, e até mesmo algumas pessoas jurídicas de direito privado. Só quem perde, como sempre, é a pessoa física, que recolhe uma verdadeira "Babilônia" de impostos, e que ainda se vê obrigada a pagar seguros com valores estratosféricos para tentar reduzir, mesmo que um pouco, seu prejuízo, afinal, é esse cidadão quem paga toda a conta.

O crime é uma máquina de gerar lucros ao Estado, direta e indiretamente. Agora, diante disto, vocês continuam acreditando que é interessante ao Estado combater a violência e a criminalidade? É bem pouco provável que seja. Portanto, acostumem-se com a ideia de que a criminalidade jamais vai acabar, pois simplesmente não é vantajoso. Como já dizia Capitão Nascimento, em Tropa de Elite: "O sistema é foda, parceiro...", e não há nada que possamos fazer a respeito. É triste, porém, verdadeiro.

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