quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Análise de Celular Velho - LG G4 H815P

Dando prosseguimento a esta inovadora forma de avaliar os aparelhos telefônicos já muito usados, hoje, postaremos nossas impressões e opiniões sobre o telefone LG G4 H815P, utilizado durante o período de 1 ano e 1 mês. 
Se quiserem ver nossas primeiras impressões sobre este aparelho, leiam este post AQUI.

Mas, deixando o blá blá blá de lado, vamos ao que realmente interessa!

Principais características:

    Qualcomm Snapdragon 808 Cortex-A57
    Processador - 1.8 GHz Hexa Core
    GPU - Adreno 418
    RAM - 3GB
    Memória Interna - 32GB
    Memória Expansível - Até 128GB
    Tela - 5,5 polegadas
    Resolução - 1440 x 2560 pixel
    Densidade de Pixels - 534dpi
    Espessura - 9,8 milímetros
    Dimensões (altura x largura) - 148.7 x 76.7 milímetros
    Peso - 155 gramas

Android:
Como já tinha sido divulgado pela LG, mesmo com certa demora, o aparelho recebeu a atualização para o Android 6.0 (Marshmellow). Porém, ao invés de economizar bateria, como havia sido divulgado como sendo uma das principais melhorias trazidas pelo novo SO, o que notei foi um aumento significativo do aquecimento e do consumo de bateria do aparelho. Nos últimos tempos em que fiquei com o aparelho, inclusive, eu estava realizando duas cargas diárias, sendo uma no meio da tarde, e a outra deixando-o dormir na tomada, sempre com carga inferior a 20%. Acredito que alguém errou feio na hora de customizar essa parte da economia de energia para o G4, hein LG?

Bateria
A bateria nunca foi o ponto forte deste aparelho. A altíssima resolução da tela cobra um caro preço da pobre bateria de 3.000Ma/H. No início, administrando bem o uso do aparelho, conseguia chegar em casa no final do dia com uns 20% de carga. 
Porém, conforme adiantei acima, após a atualização do SO, a bateria se tornou uma enorme dor de cabeça. Viver com um cabo de carregador sempre à disposição se tornou uma cansativa rotina. 

Tela
A enorme tela, com um número alto de pixels faz um trabalho fabuloso. Entretanto, depois de um três meses de uso, verifiquei que quando o fundo  da imagem era escuro, surgia uma mancha do tamanho de uma ponta de dedo, na cor vermelha. O mais curioso é que esse ponto surgiu exatamente no lugar que mais ficava aquecido durante o uso do telefone. Suspeito que ele fica posicionado onde está o processador. Isso não atrapalhava o uso nem nada, mas deixo aqui registrado, até mesmo para saber se aconteceu com mais alguém.

Áudio
Os fones QuadBeat, que acompanham o aparelho são ótimos, e não há que se discutir isso. Porém, no meu caso, depois de uns seis meses de uso, notei que o volume dele começou a diminuir, até chegar ao ponto de que, mesmo no volume máximo, eu conseguir ouvir apenas um som bem baixo e distante. Testei outros fones e todos funcionaram bem. Então, testei o QuadBeat no meu notebook e conclui que o problema era ele mesmo.
Já o áudio do aparelho, apesar de mono, é alto e claro. O que poderia ser revisto é seu posicionamento, pois para assistir filmes ou jogar, em muitas ocasiões, acabei tapando a saída de áudio com a mão.

Design e Aparência
Por ser um entusiasta de telefones, sempre que adquiro um novo aparelho, uma das primeiras providências que adoto é a colocação de película de vidro e uma capa de proteção. Desta forma, após mais de um ano de uso, externamente, não havia qualquer sinal de arranhões, descascamentos ou danos à carcaça e tela. 
Porém, pensando com clareza agora, pelo preço que paguei neste aparelho na época, ter uma traseira de plástico texturizado, enquanto seus principais concorrentes investiram em materiais mais refinados, como vidro e metal, não foi uma decisão muito inteligente na empresa coreana. 

Desempenho
Os seis núcleos de processamento, conjuntamente com os 3GB de memória RAM, fizeram um bom trabalho. Mas algo que me chamou atenção desde o inicio do uso foi o fato de que o processador aquecia demasiadamente, mesmo desempenhando tarefas mais simples, ocasionando lag e, algumas vezes, o travamento do aparelho. Em parte, talvez seja isso esteja relacionado à "queima" posterior do aparelho, com pouco mais de um ano de uso.
Mas na minha opinião, a causa principal da queima se deva ao problema já sabido pela LG de que esses aparelhos sofriam de bootloop, o que causa o travamento total do telefone e, em casos extremos (como o meu), queima do mesmo.
Apesar de ter ficado indignado quando o problema ocorreu, pois, se a LG já sabia disso, deveria ter entrado em contato com os consumidores para efetuar o recall, há de se reconhecer o mérito de que, mesmo já tendo ultrapassado o prazo da garantia - que era de um ano -, o atendimento da LG foi bastante eficiente no tratamento do caso, me direcionando para a assistência técnica, sendo que esta já estava ciente que eu levaria meu aparelho lá. Após pouco mais de uma semana a peça foi trocada e o telefone voltou a vida.
Entretanto, deixo registrado que é inadmissível que um telefone que se diz um flagship estrague com um ano apenas de uso, por um problema que a fabricante já tinha conhecimento. No mínimo os consumidores deveriam ser informados do problema previamente para, caso fosse necessário, tomar as providências cabíveis, ou até mesmo, pedir o dinheiro de volta, como manda o Código de Defesa do Consumidor. 

Conclusão
A LG acertou - e muito - em aspectos como câmera e tela do G4. Sem sobra de dúvidas, a câmera deste aparelho foi a melhor que já passou em minhas mãos, com fotos ricas em detalhes e sem ruídos, sempre, em qualquer condição de luz, e uma tela que, por conta de sua alta densidade, torna a experiência de assistir vídeos e filmes algo muito prazeroso.
Contudo, mesmo esses aspectos positivos, não nos fazem esquecer dos pecados cometidos pela empresa sul-coreana. Seu desleixo com os materiais pobres utilizados na construção do dispositivo, passando pelo defeito crônico que ocasionou a "queima" do aparelho, não podem ser ignorados na hora de se fazer a análise do produto.
Se a LG tinha a intenção de competir com os gigantes flagships Iphone e Galaxy S, falhou miseravelmente na sua aposta. o LG G4, na minha opinião, no máximo seria classificado com o um telefone médio, tal como o Galaxy A5 e Moto X Play, com um custo, por vezes, mais elevado que os concorrentes, e entregando aspectos inferiores em boa parte dos itens.

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