sábado, 13 de julho de 2013

Teorias da morte

Nós, seres humanos, únicos animais racionais da natureza, ainda não temos ideia do verdadeiro sentido que a vida tem.
Alguns buscam respostas nas religiões e em toda aquela doutrina que discorre sobre outro plano existencial, vida após a morte e um sem-número de teorias, sendo que, boa parte delas, se apoia no pressuposto de que a morte não é o fim, é apenas uma parte da história.
A ciência, apesar dos inúmeros avanços feitos, principalmente nos últimos anos, ainda não possui uma teoria definitiva sobre tão complexo tema. As teorias evolutivas eclodem aos montes.
Mas não quero ir tão longe. Tenho minha própria teoria, que não é novidade aos que leem este blog há algum tempo. Mas não são as minhas teorias que quero abordar.
Meus pensamentos me levaram, hoje, ao trágico pensamento de como a nossa vida é frágil.
Você já parou para pensar quantas possibilidades de morrer fazem parte de nosso cotidiano? Se você, racionalmente, fizer uma análise sobre esse assunto, fatalmente sofrerá um ataque de pânico, já que as variáveis são infinitas.
Primeiro ato: acordamos de manhã, o que, por si só, já é considerada a primeira escapada da morte no dia, se pensarmos na possibilidade de que você poderia nem ao menos ter acordado. Muitas pessoas morrem a noite enquanto dormem. Não tenho dados estatísticos a esse respeito, mas tenho a nítida impressão de que a maioria das mortes de causas ditas naturais, ocorrem após a chegada da noite.
No decorrer do dia, você atravessará a rua algumas vezes, entrará em elevadores cuja conservação pode ter sido negligenciada, passará por bueiros cheios de gás provenientes dos dejetos e que, por conta disso, poderiam simplesmente explodir.
Todos os dias precisamos nos alimentar e, eventualmente, nossa comida pode conter parasitas que causam doenças severas, ou contém itens que poderiam alojar-se na garganta, causando asfixia. Dirigimos nosso carro pelas vias, algumas vezes negligenciando a luz amarela de algumas sinaleiras, ou esquecendo-nos de olhar para os lados em um cruzamento.
Meus exemplos não chegam nem perto de esgotar as milhões de maneiras de morrer que podemos experimentar em nosso dia-a-dia. E depois disso, você ainda consegue se sentir em segurança?
Amanhã, ao sair de casa, pense seriamente na possibilidade de que, talvez, você possa não voltar. Portanto, não se apegue ao que não tem importância. Preocupe-se somente com problemas que você pode solucionar. Coisas sem solução, não deveriam ser motivo de preocupação.
Passamos quase a totalidade de nossa existência não vivendo de verdade. Vivemos uma vida de aparências, onde o que se tem vale mais do que quem se é. Brigando, irritados com o mundo. Mas convenhamos, é muito desperdício de tempo precioso de vida com questões tão pequenas, que não deveriam durar mais tempo que um piscar de olhos.

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